Chamaram-me de especial

As pessoas especiais não se procuram, encontram-se.

By: Rui Fernandes

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Ontem, enquanto o meu ser andava muito atarefado com a família e comigo mesmo, uma tia minha, não muito velha, aliás muito nova, 25 anos, olhou para mim de uma forma estranha, bastante estranha e eu que mal conhecia aquela tia que vivia no estrangeiro, Alemanha, perguntei-lhe:

- Clara, porque estás a olhar assim para mim?

Ela esboçou um sorriso, um dos sorrisos mais bonitos que alguma vez vira e sem hesitar respondeu-me:

- Caro sobrinho (de uma forma de ironia) conheço-te bastante mal, mas fiquei bastante surpreendida contigo. A forma como abordas os temas, como falas, como te exprimes, como encantas as pessoas, como falas dos teus sonhos, amigos e família, fazem de ti a pessoa mais especial que conheço.

Eu corei, muito mesmo, já me tinham chamado muitas vezes de especial, mas nunca tão bem fundamentada como daquela maneira, e um pouco atrapalhado à minha querida tia perguntei:

- Especial? Não há pessoas especiais. Eu não me identifico como tal. Mostro ser quem sou, mostro procurar concretizar os meus sonhos, sem nunca passar por cima de ninguém e o que mais gosto e procuro é fazer feliz aqueles que mais amo e que estão sempre comigo (vocês seguidores, por exemplo).

Ela com mais um sorriso belo e encantador, afirmou com todas as certezas:

- Humildade. De facto, tens tudo para ser feliz no futuro. Tens sonhos, amigos, família, pessoas que te adoram, e sim, és especial, muito especial. Nunca ignores este facto. De muitas pessoas que conheço tu és o mais fascinante, um jovem talentoso na rádio, jornal e televisão. Especial no fundo.

Depois disto afastou-se de mim, sempre a sorrir.

Eu fiquei a matutar naquilo o dia inteiro, e comecei a perceber que sou mesmo especial, mas não de ser como sou, mas sim de fazer aquilo que sou para todos vocês.